Foto: vitoriasempre.net
Crónica
Alguns espectáculos vão até à eternidade
Pedro Rocha
Confirmou-se a admirável tendência de o Rio Ave dar-se bem com o Guimarães. Uma derrota pela margem mínima, para a Liga Sagres, e uma vitória, para a Carlsberg Cup, no Estádio D. Afonso Henriques já tinham apontado esta época nesse sentido; faltava o tira-teimas em Vila do Conde e o resultado foi estrondoso. Mais do que o "score" final (6-4), incluindo os penáltis marcados já depois do prolongamento para decidir uma igualdade mais teimosa do que um jumento, o espectáculo valeu realmente a pena. De repente, quando já tudo apontava para o trágico fim da equipa-sensação comandada por Carlos Brito, os vila-condenses ergueram-se das cinzas provocadas por duas derrotas caseiras (Benfica e Leiria) e um empate (Nacional) consecutivos e carimbaram, contra o tal adversário-fétiche, o passaporte para os quartos-de-final da Taça de Portugal. A tendência realmente verificou-se, só que ninguém seria capaz de prever tanta incerteza até ao final. Ou melhor, até ao fim dos três finais: tempo regulamentar+prolongamento+penáltis.
O Guimarães foi um saudável culpado para tanto sofrimento dos visitados, especialmente o guarda-redes Nilson, que terá sido amaldiçoado vezes sem conta, estava farto do frio no estádio, ao defender um penálti de Vítor Gomes, a seis minutos do fim do prolongamento. Aguardar pelo desfecho da partida, sentado num banco de plástico, durante mais de duas horas não é brincadeira para ninguém. Houve, porém, boas compensações para quem aceitou sofrer: equipas corajosas, velocidade, grandes lances de futebol, um Bruno Gama tão "conejo" como o benfiquista Saviola (marcou de calcanhar um golo soberbo), golos de diferentes formas e feitios e ainda guarda-redes insuperáveis, com Mora a defender penáltis de Moreno, Alex e Desmarets. Nem o melhor dos cozinheiros seria capaz de juntar tantos sabores num só cozinhado. E nem se deu pela falta de João Tomás, um tempero "sempre" indispensável em matéria de golos. Mesmo sem marcar, Chidi disfarçou-se bem de ponta-de-lança e o Rio Ave teve o mérito de andar sempre à frente no marcador, por entre as respostas automáticas dos minhotos. Era um prenúncio.
Crónica do jornal O Jogo
Ficha de jogo
Rio Ave 2-2 Vitória SC (4-2 após penalty's)
(Adriano g.p 16, Desmarets 58', Bruno Gama 82' e Targino 85')
Competição: Taça de Portugal (5ª eliminatória)
Estádio: Estádio dos Arcos, Vila do Conde
Arbitragem: Pedro Henriques; Hernâni Fernandes e Gabínio Evaristo; José Gomes
Rio Ave
Mora, Magno, Gaspar, Fábio Faria, Sílvio, André Vilas Boas (Wires 120'), Adriano (Vítor Gomes 87'), Tarantini, Bruno Gama, Chidi e Sidnei (Wesllem 68')
Suplentes não-utilizados: Trigueira, Jeferson, Ricardo Chaves e Evandro
Treinador: Carlos Brito
Golos: Adriano e Bruno Gama
Cartões amarelos: Chidi (36') e André Vilas Boas (79')
Cartões vermelhos: -
Vitória SC
Nilson, Andrezinho, Moreno, Valdomiro, Sereno (Alex 111'), Custódio, Flávio Meireles (Douglas 45'), Nuno Assis, Tiago Targino, Desmarets e Roberto (Jorge Gonçalves 106')
Suplentes não-utilizados: Serginho, Leandro, João Alves e Fábio Felício
Treinador: Paulo Sérgio
Golos: Desmarets e Tiago Targino
Cartões amarelos: Roberto (16') e Moreno (117')
Cartões vermelhos: -
Avaliação
A prestação do capitão, segundo a imprensa
Flávio Meireles - 3
Foi um elemento mais de contenção de jogo do que um operacional.
O Jogo
Flávio Meireles - 5
Apenas jogou na primeira metade da partida. Sem erros a apontar-lhe mas compreendemos que tivesse sido o sacrificado para a entrada de Douglas.
SportDigital
Resumo
Veja aqui o resumo da partida (GuimarãesTV)
Flávio Miguel Magalhães Sousa Meireles
Data de nascimento: 03/10/1976
Altura: 1,87m
Peso: 88 kg
Posição: Médio-defensivo
Número da camisola: 26
Nacionalidade: Portuguesa
Naturalidade: Ribeira de Pena
Residência: Guimarães
Trajectória:
1996/97: Moreirense
1997/98: Moreirense / Fafe
1998/2000: Fafe
2000/2003: Moreirense
Desde 2003: Vitória de Guimarães
Outros vídeos:
Declarações à GuimarãesTV
Reportagem RTP - Trio de Ataque
O capitão mais feliz do mundo
"O Flávio é o melhor
jogador que já treinei" ,
"O Flávio é o melhor capitão
que tive em 25 anos de carreira.
Não que os outros não fossem bons,
mas ele é melhor, porque além de tudo
é um colega."
Manuel Cajuda
"Nuno Santos aproveitou a
entrevista do jornal "O Vitória"
para falar de um atleta que o
impressionou pela positiva.
Nuno deixa aqui bem patente a
admiração por Flávio e enaltece
o peso do capitão no balneário:
"Quando cá cheguei, ouvi muitas
pessoas a dizer que o Flávio
estava há demasiado tempo no
Vitória. Dá-me vontade de rir,
porque as pessoas não fazem ideia
da importância do nosso capitão
dentro do balneário.
Ele é grande em tudo.
Transporta a mística do clube, integra
os que chegam, orienta os miúdos
e, além de tudo isto, dá a vida pelo
Vitória.
O Flávio, assim como o Moreno,
devem ser preservados, porque são
eles a alma do Vitória.
São os capitães na verdadeira acepção
da palavra. É um enorme prazer conviver
diariamente com gente desta natureza."
Nuno Santos (Jogador do VitóriaSC)
"Há um certo peso naquilo que eu digo,
tal como há no Flávio. Ele é a verdadeira
representatividade da massa associativa
dentro do campo, com o seu espírito guerreiro.
Capitão melhor do que ele não poderia haver,
é um capitão com propriedade porque se trata
de uma pessoa fantástica, um verdadeiro líder
que puxa sempre para cima."
Nilson (Jogador VitóriaSC)
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